Como usei 'O Poder do Hábito' para ser mais produtivo

Finalizei a leitura d’O Poder do Hábito. O autor traz relatos de estudos científicos de como os hábitos são formados dentro da mente de cada indivíduo, como funcionam hábitos ruins e bons e como os hábitos, depois de formados, são independentes da memória. O livro também fala sobre resultados incríveis que grupos sociais como igrejas, times e empresas tiveram depois de consolidar hábitos saudáveis na sua rotina diária e finaliza com passos ou orientações práticas de como podemos identificar e criar novos hábitos para o nosso dia a dia.

Pessoalmente eu identifiquei um mau hábito que tinha de me distrair com facilidade quando algum ‘processo lento’ era disparado no meu dia a dia de trabalho como desenvolvedor de software. Subir a aplicação, perguntar alguma coisa pra alguém que pode levar alguns minutos para me responder ou dar um `clean package` na aplicação são alguns exemplos.

Esses 3casos seriam os ‘gatilhos’ que o livro apresenta. A minha reação a eles era procurar uma distração para relaxar. Então para não ficar olhando pro computador esperando de 3 a 10 minutos em média esperando o processo lento acabar eu assistia um vídeo ou lia um texto em blog. Só que muitas vezes o processo lento terminava e eu continuava na minha distração, perdendo tempo produtivo. E o pior é que eu me peguei forçando alguns desses processos lentos inconscientemente sem muita necessidade só para ter o pequeno prazer de me distrair com alguma outra coisa.

O livro apresenta esse comportamento como ‘O loop do hábito’. Nós temos uma ‘deixa’, ou gatilho. Seguimos uma determinada rotina e temos uma recompensa imediata. Seguindo as dicas do livro eu comecei a anotar sempre que um processo lento era disparado e só de fazer isso eu já tinha consciência das coisas que eu não deveria fazer, no começo voltei pra minha vida de tédio de assistir o computador ‘trabalhando’ mas com o tempo criei o que chamei de ‘Diagrama de Ociosidade Imediata’ que é basicamente uma lista de coisas a se fazer quando um processo lento é disparado. A primeira delas é refletir sobre a necessidade do disparo daquele processo lento para ter certeza de que não tinha nada melhor para se fazer. Depois uma lista de coisas a serem feitas por ordem de prioridade.

Hoje em dia não tenho acompanhado meu diagrama de maneira tão firme e nem tenho anotado quando um desses processos é disparado, mas eliminei o caso de disparar processos lentos por necessidade de distração e tenho aproveitado o tempo que os processos lentos tomam principalmente para rever os próximos passos na resolução do problema ou tarefa que estou resolvendo.

Com isso passei a entregar mais tarefas na rotina semanal e tenho terminado vários dias com aquela gostosa sensação de dever cumprido e até curtindo melhor o tempo que passo fora do computador.